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Asteroide 2025 OW passa próximo à Terra, mas sem risco — especialistas destacam potencial econômico no espaço

Aproximação segura do asteroide 2025 OW

Nesta segunda-feira, 28 de julho de 2025, o asteroide 2025 OW atingiu seu ponto mais próximo da Terra. Apesar da aproximação, ele manteve uma distância segura de cerca de 632 mil quilômetros — aproximadamente 1,6 vezes a distância média entre a Terra e a Lua, que é de 384.400 km. A NASA tranquilizou o público, afirmando que não há motivo para preocupação. “É algo totalmente rotineiro. Se houvesse alguma ameaça, vocês saberiam por nós”, declarou Ian J. O’Neill à ABC News.

Durante sua passagem, o corpo celeste atingiu uma velocidade impressionante de até 80 mil km/h. Segundo Davide Farnocchia, especialista do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da NASA, aproximações como essa são comuns e fazem parte da dinâmica natural do Sistema Solar.

Outros asteroides também estão nas proximidades

O 2025 OW não é o único visitante espacial desta semana. Outros quatro asteroides também estão em rota de passagem próxima à Terra:

  • O asteroide 2018 BE5, com 43 metros de diâmetro, está a cerca de 4,15 milhões de quilômetros do nosso planeta.

  • O 2025 OU2, com 22 metros, mantém uma distância de 5,13 milhões de quilômetros.

  • Em 30 de julho, o 2025 OL1 (34 metros) passará a uma distância de 2,08 milhões de quilômetros.

  • No mesmo dia, o 2025 ON1, com 28 metros, passará a 6,18 milhões de quilômetros da Terra.

Nenhum desses objetos representa risco à segurança terrestre, segundo os especialistas.

Asteroides: mais do que ameaças, uma oportunidade valiosa

Embora comumente vistos como potenciais perigos, os asteroides também despertam grande interesse científico e econômico. Eles fornecem pistas sobre a origem do Sistema Solar e contêm valiosos recursos minerais. Além de ferro e níquel, muitos asteroides contêm metais preciosos pertencentes ao grupo da platina, como ródio, paládio, irídio e o próprio platina.

Exploração espacial pode movimentar trilhões de dólares

Grandes asteroides, como o Psyche — com cerca de 222 km de diâmetro —, alimentam os sonhos da indústria aeroespacial de transformar a mineração espacial em um mercado trilionário. No entanto, especialistas alertam para os riscos de um excesso de metais trazidos à Terra. Carsten Drebenstedt, da Universidade Técnica de Freiberg, na Alemanha, ressalta que a introdução em massa desses materiais poderia derrubar os preços e desestabilizar o mercado.

“É preciso cuidado, especialmente com metais como ouro e platina. O ideal seria limitar o volume trazido do espaço a no máximo cinco a dez por cento da demanda global, para manter os preços atrativos”, recomenda Drebenstedt.

Quando vale a pena minerar fora da Terra?

Por ora, a extração de metais da crosta terrestre ainda é mais econômica. Somente em um cenário futuro de esgotamento das reservas minerais terrestres a mineração espacial se tornaria competitiva. “Enquanto houver áreas inexploradas na Terra com potencial mineral, essas continuarão sendo a opção mais barata”, afirma o especialista.

Barreiras tecnológicas e custos elevados

Além das questões econômicas, há enormes desafios tecnológicos a superar. Equipamentos de mineração precisam ser adaptados para operar em ambientes com gravidade nula. Também é necessário desenvolver soluções para lidar com poeira espacial, armazenar os metais e transportá-los de forma segura de volta à Terra. Cada missão envolve custos altíssimos e riscos ainda incalculáveis.

Apesar do potencial, a mineração em asteroides ainda está distante de se tornar realidade. Mas com o avanço contínuo da tecnologia e a crescente demanda por recursos raros, a exploração espacial permanece no radar de cientistas e investidores ao redor do mundo.