A Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (Taesa), uma das principais empresas privadas de transmissão de energia elétrica do país, apresenta resultados financeiros robustos e uma trajetória marcada por expansão contínua. Atuando em 17 estados de todas as regiões do Brasil, a companhia é responsável por operar, manter e construir ativos de transmissão que somam 9.868 km de linhas e 909 subestações, por meio de 36 concessões.
De acordo com os dados mais recentes, a Taesa registrou uma Receita Líquida de R$ 3,96 bilhões, com Lucro Líquido de R$ 1,68 bilhão. A margem líquida ficou em 42,44%, enquanto o Ebitda alcançou R$ 2,27 bilhões, com margem de 57,2%. O total de ativos da companhia chega a R$ 21,03 bilhões, com uma dívida bruta de R$ 10,25 bilhões e dívida líquida de R$ 9,45 bilhões. O patrimônio líquido é de R$ 7,29 bilhões.
No mercado financeiro, a empresa apresenta um índice Preço/Lucro (P/L) de 7,10, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 23,08% e um retorno sobre o capital investido (ROIC) de 8,43%, indicando alta eficiência na gestão dos recursos.
A atuação da Taesa está inserida no Sistema Interligado Nacional (SIN), que é administrado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esse sistema responde por cerca de 98% da demanda de energia elétrica no Brasil. A relação entre a Taesa e o ONS se dá por meio de Contratos de Prestação de Serviço de Transmissão (CPST), que definem obrigações técnicas e comerciais. A remuneração da empresa ocorre por meio da Receita Anual Permitida (RAP), cujo valor pode ser reduzido em caso de indisponibilidades na operação.
Desde sua origem, no ano 2000, a Taesa passou por importantes transformações. O ponto de partida foi a construção das linhas TSA e Novatrans. Em 2003, essas estruturas foram adquiridas pela Terna S.p.A, e em 2006 a companhia passou a se chamar Donnery Holdings S.A., ano em que também realizou sua primeira oferta pública de ações.
Nos anos seguintes, a empresa manteve um ritmo acelerado de crescimento. Em 2008, foi criada a Taesa Serviços, e em 2010 a companhia incorporou seis outras empresas: Alterosa, Alvorada, TSN, Novatrans, ETEO e a própria Taesa Serviços. Em 2013, uma nova movimentação estratégica marcou sua trajetória com a realização de uma Oferta Pública Secundária, que captou R$ 1,3 bilhão no mercado.
O desempenho financeiro e a estratégia de expansão refletem uma evolução significativa. Em 2018, o lucro líquido reportado sob as normas internacionais de contabilidade (IFRS) foi de aproximadamente R$ 1 bilhão. Já para o ciclo 2019-2020, a RAP total atingiu R$ 2,6 bilhões, consolidando o crescimento da companhia em pouco mais de uma década — saltando de 8 para 36 concessões e triplicando sua receita.
Com um modelo de negócios resiliente, forte presença nacional e resultados consistentes, a Taesa segue como uma das referências no setor de transmissão de energia elétrica no Brasil, mantendo foco na eficiência operacional e geração de valor para seus acionistas.