A Intel está se preparando para uma grande mudança no mercado de processadores com a introdução da sua nova geração, Nova Lake, e a controversa marcação “Série 2”. Essas iniciativas apontam para as estratégias da empresa para competir no futuro, focando em desempenho, eficiência e inteligência artificial (IA), embora nem todas as suas decisões de marketing sejam bem recebidas.
Nova Lake: Mais Cores para PCs de Mesa e Notebooks
A próxima grande novidade da Intel, com lançamento previsto para o segundo semestre de 2026, é a arquitetura Nova Lake. A linha promete configurações robustas para desktops, com modelos que podem chegar a 52 núcleos, organizados em uma combinação de P-cores (16), E-cores (32) e LP-cores (4). Para dispositivos móveis, a configuração será mais enxuta e otimizada para o consumo de energia, chegando a 28 núcleos, divididos entre 8 P-cores, 16 E-cores e os mesmos 4 LP-cores.
Além disso, a linha Nova Lake trará a terceira geração dos gráficos integrados Arc (Xe3), codinome Celestial, com um número variável de núcleos de GPU dependendo do modelo. A arquitetura de núcleo também é uma novidade, com os P-cores usando a arquitetura Coyote Cove e os E-cores e LP-cores usando a Arctic Wolf.
A Confusão com a Marca “Série 2”
Enquanto a inovação tecnológica da Intel parece promissora, sua estratégia de marca “Série 2” está causando mais confusão do que clareza. Recentemente, laptops com processadores baseados em arquiteturas diferentes, como Arrow Lake e Raptor Lake, foram lançados sob a mesma marca “Série 2”.
Essa falta de distinção clara é um retrocesso em relação à tentativa de simplificação anterior da Intel, que dividiu seus processadores móveis em “Intel Core (Série 1)” e “Intel Core Ultra (Série 1)”. Naquela época, a marca “Ultra” indicava a presença de hardware de IA, como a NPU nos chips Meteor Lake, enquanto os chips Raptor Lake, sem a marca “Ultra”, eram focados em desempenho. A nova marca “Série 2” remove essa diferenciação, tornando difícil para os consumidores entenderem as características e o público-alvo de cada processador.