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Wagner Moura: A trajetória que consolida o ator brasileiro em Hollywood

Desde que a série “Narcos” catapultou o talento de Wagner Moura para o cenário mundial, sua carreira não parou de crescer. Aos 47 anos, o ator, produtor e diretor baiano tem alcançado patamares cada vez mais altos na indústria cinematográfica internacional, firmando-se como um dos nomes mais importantes do Brasil no exterior.

Seu mais recente sucesso, “Guerra Civil”, dirigido por Alex Garland (“Ex Machina”), já é um fenômeno de bilheteria nos Estados Unidos, quebrando recordes para o aclamado estúdio A24. Este parece ser apenas mais um passo na ascensão contínua de Moura, cuja carreira internacional é marcada por papéis complexos e produções de grande porte.

Os primeiros passos em Hollywood

Elysium (2013)

A estreia de Wagner Moura em uma grande produção de Hollywood foi ao lado de estrelas como Matt Damon, Jodie Foster e da também brasileira Alice Braga. Na ficção científica de Neill Blomkamp, ele interpretou Spider, um hacker fundamental para a jornada do protagonista. O filme foi um sucesso de bilheteria, arrecadando o dobro de seu orçamento e abrindo as portas do mercado internacional para o ator.

A consagração com “Narcos”

Narcos (2015-2016)

“El Patrón!” Foi com a interpretação magistral do narcotraficante colombiano Pablo Escobar que Wagner Moura se tornou um rosto conhecido globalmente. A série da Netflix foi um investimento de peso e um sucesso estrondoso. As duas temporadas protagonizadas pelo brasileiro não apenas aumentaram exponencialmente sua visibilidade, como também provaram sua incrível versatilidade e dedicação como ator, que aprendeu espanhol e ganhou peso para o papel.

Diversificando papéis no cinema e no streaming

Wasp Network: Rede de Espiões (2019)

Em mais uma parceria com a Netflix, Moura integrou um elenco de peso com Penélope Cruz, Édgar Ramírez, Ana de Armas e Gael García Bernal. Dirigido por Olivier Assayas, o filme estreou no prestigioso Festival de Veneza e conta a história real de espiões cubanos em território americano nos anos 90.

Sérgio (2020)

Neste longa, também da Netflix, Wagner Moura deu vida a um brasileiro notável: o diplomata Sérgio Vieira de Mello. Atuando novamente com Ana de Armas, o filme retrata a perigosa missão do diplomata da ONU em Bagdá, durante a invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003. O filme estreou no tradicional Sundance Film Festival e rendeu inúmeros elogios à atuação de Moura.

Iluminadas (2022)

Na aclamada série da Apple TV+, Moura contracenou com Elisabeth Moss (“The Handmaid’s Tale”). Ele interpreta um jornalista que ajuda uma arquivista traumatizada a investigar uma série de crimes arquivados, que podem levar a um perigoso assassino em série. A complexidade do seu personagem e a recepção positiva da crítica abriram ainda mais portas para o ator, que demonstra uma clara preferência por papéis desafiadores.

Agente Oculto (2022)

Sob a direção dos irmãos Joe e Anthony Russo (“Vingadores: Ultimato”), este thriller de ação da Netflix colocou Wagner Moura ao lado de gigantes como Chris Evans e Ryan Gosling. Na trama, ele interpreta um personagem-chave na caçada a um agente da CIA que descobre segredos obscuros da agência.

Sr. & Sra. Smith (2024)

Moura também faz parte do elenco estelar da série criada e estrelada por Donald Glover para o Prime Video. Na produção, ele interpreta outro “John Smith”, um agente que trabalha para a mesma organização misteriosa dos protagonistas, mostrando mais uma faceta de seu talento em um papel coadjuvante de destaque.

Guerra Civil (2024)

Finalmente, seu trabalho mais recente o coloca como protagonista ao lado de Kirsten Dunst. No filme, um grupo de jornalistas viaja por um Estados Unidos distópico, devastado por um intenso conflito que dividiu a nação. O longa já está em exibição nos cinemas e tem sido aclamado pela crítica e pelo público.

Novo projeto premiado no cinema nacional

O Agente Secreto (Motel Destino)

E a trajetória de sucesso continua. Em seu mais novo projeto, Wagner Moura retorna ao cinema brasileiro sob a direção do aclamado cineasta Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”, “Bacurau”). O filme, que mistura suspense, drama e comédia, é uma homenagem nostálgica e vibrante à cidade natal do diretor, Recife.

Ambientado no Brasil de 1977, durante a efervescência do Carnaval e as sombras da ditadura militar, o filme segue Marcelo (Moura), que retorna a Recife na esperança de reencontrar seu filho. No entanto, sua chegada não passa despercebida, e ele se vê preso em uma teia cada vez mais densa de vigilância, corrupção e desconfiança. O que começa como uma jornada pessoal se transforma em um jogo perigoso. O filme já nasce aclamado: em sua estreia no Festival de Cannes, rendeu a Kleber Mendonça Filho o prêmio de Melhor Diretor e a Wagner Moura o prêmio de Melhor Ator, coroando mais uma vez o talento do artista.